Desde a sua implementação há 24 anos, a Lei da Aprendizagem tem sido uma ponte vital para a inclusão e o desenvolvimento profissional de jovens em todo o Brasil.
Com o objetivo de oferecer oportunidades de emprego e capacitação para jovens entre 14 e 24 anos, essa legislação tem desempenhado um papel crucial na redução do desemprego juvenil e na formação de uma mão de obra qualificada para o mercado de trabalho.
No entanto, mesmo com mais de 500 mil jovens aprendizes atualmente empregados, há ainda um vasto potencial inexplorado.
Confira a nossa análise sobre o que deve ser feito para mudar essa situação ao longo deste material completo e exclusivo.
Capacidade subutilizada: explorando o gap entre a oferta e a demanda
Embora tenha havido um aumento significativo no número de aprendizes contratados nos últimos anos, é evidente que ainda existe um descompasso entre a demanda por oportunidades de aprendizagem e a oferta disponível.
Atualmente, mais de meio milhão de jovens estão empregados como aprendizes, um número impressionante que demonstra o potencial desse programa para inserir os jovens no mercado de trabalho.
No entanto, diante da capacidade estimada para absorver até um milhão de aprendizes, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fica claro que ainda há espaço significativo para expansão e aprimoramento desse sistema.
A legislação que estabelece a cota de aprendizes, exigindo que os estabelecimentos de qualquer natureza que tenham pelo menos 7 (sete) empregados, em funções que demandem formação profissional, contratem aprendizes, é uma medida crucial para garantir a inclusão dos jovens no mercado de trabalho.
Portanto, salvo exceções legais, todo estabelecimento que possua 7 ou mais empregados (contabilizando somente aqueles que estão em funções que demandam formação profissional), independentemente de sua natureza, econômica, social, sindical, está obrigado a contratar aprendizes.
Ainda assim, é preocupante observar que muitas empresas ainda não estão cumprindo integralmente essa obrigação legal.
Desafios e oportunidades: o papel do CIEE/SC na capacitação e integração de Jovens Aprendizes
Em parceria com instituições de ensino e empresas, o CIEE/SC trabalha para proporcionar uma experiência enriquecedora e relevante para os jovens aprendizes, que vai além do cumprimento de uma cota. Através de programas de capacitação e mentoria, buscamos desenvolver as habilidades técnicas e socioemocionais dos jovens, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho e para uma vida profissional bem-sucedida.
Além disso, atuamos como um elo entre as empresas e os jovens em busca de oportunidades de estágio e aprendizagem, facilitando o processo de recrutamento e seleção e promovendo a inclusão de talentos diversos no mercado de trabalho.
Nosso objetivo é criar uma ponte sólida entre teoria e prática, proporcionando aos jovens a oportunidade de colocar em ação o conhecimento adquirido na sala de aula e desenvolver habilidades essenciais para sua carreira profissional.
Expandindo horizontes e transformando vidas
À medida que continuamos a explorar e maximizar o potencial da Lei da Aprendizagem, é crucial que empresas, instituições de ensino e organizações governamentais trabalhem em conjunto para criar um ambiente propício para o desenvolvimento e a inclusão de jovens no mercado de trabalho.
O CIEE/SC está comprometido em desempenhar um papel ativo nesse processo, capacitando e integrando jovens aprendizes e promovendo a construção de um futuro mais igualitário e próspero para todos.