Internos do CASE de Lages concluem participação no PIT
Um grupo de 14 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa internados no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Lages recebeu orientações sobre como se inserir no mundo do trabalho. A cerimônia de entrega dos certificados do Programa de Iniciação ao…
Um grupo de 14 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa internados no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Lages recebeu orientações sobre como se inserir no mundo do trabalho. A cerimônia de entrega dos certificados do Programa de Iniciação ao Trabalho (PIT) foi realizada na sexta-feira (19), para 12 deles, em evento acompanhado pelo Poder Judiciário.
Ao todo, foram 60 horas/aulas com atividades relacionadas à postura profissional, comunicação no ambiente de trabalho e desenvolvimento de competências comportamentais. Quem abordou os temas com os adolescentes foi o educador, Marcelo Schmitz.
Emocionado, ele conta como a experiência com o grupo o fez refletir. “Pensei em desistir, mas criamos uma relação de respeito e saio diferente do que entrei. Fomos além da proposta curricular, e isso certamente transformou a vida de alguns deles”, ressaltou Schmitz.
Para o juiz Ricardo Alexandre Fiúza, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca de Lages, o envolvimento da sociedade e o apoio das famílias são fundamentais para que os internos percebam e mudem o comportamento. “Para nós, que fiscalizamos a aplicação das medidas socioeducativas, é importantíssimo que entidades como o CIEE/SC sejam parceiras. Precisamos tornar compreendido que os adolescentes internos não estão no CASE para serem penalizados, e sim socializados”, disse.
O estudante João Carlos Lemos é aprendiz e compreende a importância social de se envolver neste processo. Ele doou três coleções e outros livros para a biblioteca do CASE, numa campanha organizada pelo CIEE. “Fazia muito tempo que estavam guardados à espera de uma destinação. Encontrei a chance de doar e contribuir de alguma forma”, destacou.
Ao contar a trajetória profissional de mais de 35 anos na mesma empresa, o vice-presidente regional do CIEE/SC, Edemar Santana de Liz, motivou os participantes do programa a buscarem aproveitar as oportunidades que são apresentadas. “Esta, talvez, tenha sido a primeira. Outras virão. Agarrem cada uma delas para serem ainda melhores”, afirmou.
Na unidade, os internos são assistidos por uma equipe técnica formada por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Eles participam de atividades de artesanato, marcenaria, jardinagem e paisagismo, agropecuária e horta no interior da instituição. Além disso, na parte educacional têm o ensino fundamental e médio e curso de informática entre outros.