Ex-jovem aprendiz do CIEE/SC com deficiência visual lança livro em Florianópolis
’A ilha que me abriu os olhos’ conta como a reabilitação pode mudar a vida de deficientes Até os 25 anos de idade, o alagoano Gustavo Amorim, PcD, Baixa Visão, vivia em Maceió completamente dependente dos pais. Uma das conquistas…
’A ilha que me abriu os olhos’ conta como a reabilitação pode mudar a vida de deficientes
Até os 25 anos de idade, o alagoano Gustavo Amorim, PcD, Baixa Visão, vivia em Maceió completamente dependente dos pais. Uma das conquistas foi a formatura em jornalismo pelo Centro Universitário CESMAC, na capital alagoana. Acabou conhecendo o trabalho da Associação Catarinense para Integração do Cego – Acic, em Florianópolis, onde decidiu fazer sua reabilitação, fato que transformaria sua vida para sempre. Veio passar alguns meses e terminou mergulhando nas esquinas de Floripa por quase sete anos.
Na ACIC, descobriu que poderia levar uma vida autônoma. Morou sozinho por dois anos. Aprendeu a cozinhar, a andar de ônibus, ir ao supermercado e acompanhar os jogos do Avaí, no estádio da Ressacada. “O começo foi bem difícil. Cai várias vezes na rua por causa dos obstáculos físicos”, destacou Gustavo. “Mas aqui em Florianópolis conheci a liberdade”.
O jornalista muitas vezes se encontrou num contexto de superações físicas e emocionais, mas, por mais que a ´corda apertasse´, manteve-se firme na busca por dias melhores. Conheceu o trabalho do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE/SC, onde fez o curso de jovem aprendiz numa turma com 16 menores infratores e quatro pessoas com deficiência. “Não são só as pessoas com deficiência que têm dificuldades na vida. Foi um aprendizado”. O primeiro emprego de Gustavo foi como jovem aprendiz na área de comunicação do Ministério Público de Santa Catarina – MP/SC. “Foi uma experiência gratificante tanto para mim quanto para o Ministério Público”, disse.
Na pandemia, Gustavo Amorim decidiu voltar para Maceió e a morar com os pais e a irmã. Mas nunca esqueceu o que passou em Florianópolis, inclusive de seus relacionamentos amorosos que cultivou em Santa Catarina. Resolveu, então, escrever um livro que conta essa trajetória de vida.
Produzia um parágrafo por dia em seu bloco de notas do celular. A tia, Vânia Amorim, organizava os parágrafos. O tio jornalista, Fábio Amorim, arrumava os textos e a tia, Fernanda Barreiros, fazia as correções ortográficas.
Daí surgiu a obra ´A ilha que me abriu os olhos´, que será lançada nesta quinta-feira (10), às 16 horas, na sede do CIEE/SC, em Florianópolis.
Com passagens ora engraçadas e bem difíceis outras vezes, o livro é uma síntese das muitas aventuras vividas por ele em Santa Catarina. O resultado a várias mãos fará você rir e chorar, pois a alma do autor está verdadeiramente exposta na profundidade exata da doçura e da dor.
SERVIÇO
O que – Lançamento do livro ´A ilha que me abriu os olhos´
Quando – Quinta-feira (10)
Horário – 16 horas
Local – Sede do CIEE/SC
Rua Antônio Dib Mussi, 473 – Centro, Florianópolis
Mais informações – Assessoria de Imprensa CIEE/SC
(48) 99613-5073