O Planejamento 2026 já começa a ocupar a agenda das empresas catarinenses, especialmente na gestão de programas de jovens talentos. Revisar iniciativas, decidir entre estágio ou aprendizagem, e garantir conformidade legal são movimentos indispensáveis para iniciar o próximo ano com vantagem competitiva.

Em Santa Catarina, os números recentes do mundo do trabalho reforçam a importância dessa preparação.

O estado gerou 73,7 mil novas vagas formais até maio de 2025, superando a média nacional de crescimento [Seplan-SC].

Já em agosto, o saldo ultrapassou 83,8 mil oportunidades [OCP News].

Esse cenário demonstra não apenas o dinamismo econômico do estado, mas também a necessidade de estruturar uma política sólida de captação e retenção de talentos.

Por que o Planejamento 2026 exige atenção especial?

O fim do ano é um período estratégico: enquanto muitos setores reduzem a abertura de novas vagas, as empresas mais preparadas aproveitam para avaliar desempenho, ajustar programas e definir prioridades para o próximo ciclo.

Ignorar essa etapa significa correr o risco de perder espaço para concorrentes que já estarão com seus planos estruturados em janeiro.

Entre os pontos centrais para 2026, destacam-se:

  • Decisão entre Estágio e Aprendizagem: entender qual modelo é mais adequado ao perfil da empresa.
  • Revisão de programas de jovens talentos: identificar lacunas e oportunidades de melhoria.
  • Conformidade legal: adequar-se às normas da Lei do Estágio e da Aprendizagem, evitando riscos jurídicos e reputacionais.
  • Planejamento estratégico integrado: conectar as metas de desenvolvimento de jovens talentos com os objetivos macro da organização.

Estágio ou Aprendizagem: qual a melhor escolha para 2026?

A definição entre programa de estágio e programa de aprendizagem não deve ser apenas burocrática.

Trata-se de uma decisão estratégica, que pode impactar diretamente o desempenho e a imagem da empresa.

Estágio: voltado principalmente para estudantes do ensino médio, técnico e superior.

É mais flexível e costuma ser adotado por empresas que buscam formação alinhada a carreiras específicas.

Aprendizagem: obrigatória para muitas empresas de médio e grande porte, envolve vínculo formal e foco em capacitação profissional básica.

Tem um impacto social direto, contribuindo para inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade.

A melhor escolha dependerá do porte da empresa, do setor de atuação e da estratégia de desenvolvimento de talentos para o futuro.

Dados de Santa Catarina: lições para o planejamento

Os resultados de 2025 evidenciam que Santa Catarina é um dos polos mais dinâmicos na geração de empregos no Brasil.

Até maio, o saldo de 73,7 mil postos formais já colocava o estado em destaque nacional [Seplan-SC].

Em agosto, esse número chegou a 83,8 mil novas vagas [OCP News].

Para as empresas, esses números revelam um ponto crucial: a competição por jovens qualificados será cada vez mais intensa.

Com o aumento da formalização, cresce também a demanda por programas estruturados que assegurem retenção, capacitação e desenvolvimento de carreira.

Revisão de programas: como identificar pontos de melhoria

Antes de definir as metas de 2026, é fundamental revisar os resultados obtidos no ciclo atual.

Algumas perguntas podem nortear esse processo:

  • Os jovens talentos tiveram oportunidades reais de aprendizado prático?
  • As lideranças foram capacitadas para orientar estagiários e aprendizes?
  • Houve acompanhamento sistemático de desempenho?
  • Os programas contribuíram para os indicadores estratégicos da empresa (inovação, produtividade, retenção)?

Essa revisão é essencial para evitar erros recorrentes e alinhar o programa à estratégia corporativa.

Conformidade legal: segurança para o futuro

O cumprimento da legislação é mais do que uma obrigação: é um diferencial competitivo.

Empresas que mantêm seus programas em conformidade com a Lei da Aprendizagem e a Lei do Estágio demonstram responsabilidade social e fortalecem sua reputação no mercado.

Para 2026, é esperado que haja maior fiscalização e exigência de relatórios sobre a efetividade dos programas.

Portanto, o momento de ajustar a estrutura jurídica e os processos internos é agora.

Como integrar jovens talentos às metas empresariais

Um programa de jovens talentos bem estruturado deve ser mais do que um setor isolado de RH.

Ele precisa estar conectado ao planejamento estratégico da organização.

Algumas práticas podem auxiliar nesse alinhamento:

  • Definir competências-chave que os jovens devem desenvolver em sintonia com as metas da empresa.
  • Criar indicadores de desempenho específicos para estagiários e aprendizes.
  • Promover trilhas de carreira, facilitando a transição de estagiário/aprendiz para colaborador efetivo.
  • Investir em capacitação das lideranças, para que gestores estejam preparados para orientar e avaliar jovens.
  • Adotar feedback contínuo, fortalecendo a cultura de aprendizagem.

Tendências para 2026: o que esperar dos programas de estágio e aprendizagem

De acordo com relatórios nacionais e internacionais sobre o futuro do trabalho, algumas tendências devem ganhar força em 2026:

  • Valorização das soft skills: resiliência, comunicação e pensamento crítico.
  • Programas híbridos: integração de atividades presenciais e digitais.
  • Inclusão e diversidade: foco em ampliar a participação de jovens de diferentes contextos sociais.
  • Adoção de tecnologias para acompanhamento de desempenho e gestão de programas.
  • Parcerias estratégicas com instituições como o CIEE/SC para reduzir burocracias e otimizar resultados.

Passo a passo para o Planejamento 2026

Para apoiar sua empresa na definição do planejamento estratégico, sugerimos um roteiro prático:

  • Revisar resultados de 2025: indicadores de desempenho e taxa de efetivação.
  • Definir prioridades: estágio, aprendizagem ou combinação de ambos.
  • Adequar processos à legislação vigente.
  • Alinhar metas de jovens talentos às metas corporativas.
  • Capacitar líderes que atuarão diretamente na orientação dos jovens.
  • Criar indicadores claros de acompanhamento.
  • Firmar parcerias estratégicas para suporte contínuo (ex.: integração com o CIEE/SC).

O momento de agir é agora

O mundo do trabalho catarinense segue aquecido, e as projeções para 2026 reforçam que a disputa por jovens talentos será ainda maior.

Empresas que investirem desde já em planejamento estratégico, programas estruturados de estágio e aprendizagem e conformidade legal terão vantagens significativas em atração, retenção e desenvolvimento.

Se sua empresa deseja estar entre as mais preparadas para o próximo ano, cadastre-se no CIEE/SC e conte com suporte especializado para alinhar programas de jovens talentos às metas corporativas de 2026.

Fontes citadas:

https://www.seplan.sc.gov.br/santa-catarina-gera-737-mil-empregos-em-2025-e-supera-media-nacional-de-crescimento/

https://ocp.news/economia/santa-catarina-acumula-838-mil-novas-vagas-de-empregos-formais-em-2025